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Ministério Público pede à Justiça afastamento de torcidas organizadas do Bahia e Vitória

Em nota, o MP explica que a ação civil pública foi ajuizada pela promotora de Justiça Thelma Leal.

Ministério Público pede à Justiça afastamento de torcidas organizadas do Bahia e Vitória

O Ministério Público (MP) estadual ajuizou, nesta segunda-feira (12), uma ação civil pública contra as torcidas organizadas Bamor, do Esporte Clube Bahia, e Os Imbatíveis (TUI), do Esporte Clube Vitória. A iniciativa requere da Justiça o afastamento das duas torcidas, por dois anos, dos locais dos estádios e outros ambientes onde são realizados eventos esportivos.

Em nota, o MP explica que a ação civil pública foi ajuizada pela promotora de Justiça Thelma Leal. É solicitado também que a Justiça obrigue integrantes das torcidas a manter distância de cinco mil metros dos eventos esportivos e seu entorno.

O afastamento dos torcedores incluiu o pedido para que seja proibido o uso de "elementos identificativos, indumentárias ou acessórios, desenhos ou outros signos representativos, tais como camisas, blusas, bonés, calções e faixas que possam identificá-los nesses eventos, assim como de venderem material das torcidas".

De acordo com a promotora de Justiça Thelma Leal, a imprensa e a polícia têm colaborado na disseminação de informações que evidenciam atos de violência e tumultos provocados pelas torcidas. Ela cita, por exemplo, a briga generalizada entre torcedores no dia 04 de setembro.


“As torcidas organizadas descumpriram as normas do Estatuto do Torcedor e do Código de Defesa do Consumidor, e ignoraram o acordo extrajudicial que prevê especificadamente medidas para prevenção e punição à violência, tumulto e práticas ilícitas, dentro e fora dos estádios, firmado com o MP em janeiro de 2011 e atualizado em 2014”, destacou a promotora de Justiça Thelma Leal.


Na ação, o MP requer o fechamento da sede da Bamor para realização de eventos e concentração de torcedores nos dias dos jogos, mesmo que seja em eventos sem os elementos identificativos da torcida. A medida, caso seja acatada pela Justiça, prevê duração de um ano.

Foi pedido o fechamento da sede da TUI para realização de eventos e concentração de torcedores nos dois dias que antecedem os jogos do time respectivo, enquanto durar a suspensão deferida pela Justiça.

Outro pedido é que a torcida TUI Imbatíveis publique, em suas redes sociais, o motivo da suspensão, ou seja, a decisão da Justiça, na véspera de cada partida que o respectivo time disputar, durante o tempo que durar a suspensão.

Caso os pedidos sejam descumpridos pelas torcidas, o MP pediu a fixação de multa diária de R$ 5 mil.

Resposta dos clubes

O advogado da Bamor, Otto Lopes, informou que a entidade não foi notificada até o momento e, por isso, não haverá uma nota em resposta à ação civil pública do MP. No entanto, ele afirma que o pedido do MP fere o Estatuto do Torcedor, haja vista que não se pode punir uma torcida organizada quando os torcedores envolvidos são identificados.


"Só se pode punir a instituição quando não são identificados os envolvidos, e esse não é caso. Já sabem quem são os envolvidos e eles não fazem parte da Bamor", comentou.


Lopes informou também que, desde o início do ano, ofertou ao MP a lista com o nome de todos os sócios da torcida organizada.
(G1)
Da redação



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