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Moradores da Rocinha relatam aumento de circulação de pessoas mesmo com mortes por Covid-19

Estabelecimentos comerciais reabriram na última semana, segundo assistente social Leandro Castro. Governador decretou fechamento de comércio até o fim de abril. 'É diferente como se lida com morte', afirmou Denis Neves sobre moradores não estarem assustados.

Moradores da Rocinha relatam aumento de circulação de pessoas mesmo com mortes por Covid-19

"Dias difíceis". Quem diz isso é Leandro Castro, de 28 anos, assistente social e morador da Rocinha há 11 anos. Um dos coordenadores do coletivo A Rocinha Resiste, ele é uma das vozes da comunidade que, na esteira do avanço do novo coronavírus no país e no mundo, atua para implementar políticas de prevenção e de ajuda aos outros moradores de uma das maiores favelas do Rio de Janeiro.

"É um cenário que é muito crítico ao se pensar numa pandemia. Enquanto coletivo, nós estamos buscando fazer dois eixos de ações: o primeiro no sentido de tentar levar cestas básicas e [itens de] higiene e limpeza, para que essas pessoas tenham o que comer no processo de isolamento", afirma.

Manter as pessoas dentro de casa não tem sido tarefa fácil durante o período de quarentena determinado pelo governador do estado, Wilson Witzel, até o fim de abril, como uma das medidas de combate ao novo coronavírus (Sars-Cov-2), que causa a doença Covid-19. Isso se explica, em partes, por questões sociais que vão de escassez de informações a problemas habitacionais.

“As informações chegam muito via WhatsApp, hoje mesmo eu já ouvi alguns áudios sobre como está a situação da favela. Acho que muitos moradores ainda não estão tendo acesso a essas informações, acho que a gente precisa melhorar a forma de comunicar a importância sobre ficar em casa. Eu percebo também que as pessoas estão saindo na rua de máscara. Eu acho que isso [duas mortes confirmadas] aumentou o uso de máscara", afirmou Castro.

G1 Rio
Por Matheus Rodrigues



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