Polícia encontrou som alto, bebidas alcoólicas e mais de 10 armas em casa onde ocorria festa de aniversário. Cerca de 30 pessoas foram levadas à delegacia. Um policial militar, um policial civil e um ex-servidor foram detidos na madrugada desta quarta-feira (28) em uma casa na região do Córrego 8 de Abril, em Cuiabá.
A Polícia Militar foi chamada depois que recebeu denúncia de tiros no interior de uma festa que ocorria no local. Um arsenal de armas foi encontrado e os servidores acabaram detidos. Os servidores foram identificados como Nivaldo Evangelista da Costa Júnior, de 26 anos (policial militar), Fábio Rodrigo de Souza Ramos, de 41 anos (ex-servidor) e Andes de Melo Faria, de 43 anos (policial civil).
A situação ocorreu por volta de 2h30 depois que moradores denunciaram que os participantes da festa faziam disparos no evento. Os policiais encontraram o portão entreaberto e viram pessoas circulando na festa. Algumas delas fizeram mais disparos assim que perceberam a presença dos policiais. Um reforço de equipes da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) foi enviado para ajudar os policiais.
Os participantes da festa não queriam abrir o portão da casa, mesmo com a presença dos policiais. O local acabou arrombado e os participantes revistados. A festa era realizada com um som automotivo alto, segundo a polícia. O policial civil e o policial militar foram abordados e encontrados armados.
O proprietário da casa contou aos policiais que a festa era em comemoração ao aniversário dele e confirmou que fizeram disparos no local. Dentro da casa foram encontradas mais armas, sendo pistolas, revólveres e espingardas. Cerca de 30 pessoas, entre elas os policiais, foram conduzidas à Central de Flagrantes da Polícia Civil.
Outro lado
O G1 entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil, mas não teve retorno até a publicação da reportagem. A assessoria da Polícia Militar disse que o policial vai responder criminalmente na esfera civil e militar. Acrescentou também que a Corregedoria da PM, com as informações do caso, vai abrir um procedimento administrativo.
A Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT) disse que não vai se pronunciar no momento. Também declarou que o servidor não seria mais agente e que o contrato dele, no sistema socioeducativo, já teria vencido. A reportagem tenta localizar o advogado dos servidores.
Por G1 MT