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Caso Daniel: Justiça decreta prisão preventiva de seis réus envolvidos na morte do jogador

Ao todo, sete pessoas foram denunciadas pela Justiça. Daniel foi morto na Região Metropolitana de Curitiba; corpo foi encontrado em 27 de outubro. A Justiça decretou nesta quinta-feira a prisão preventiva de seis suspeitos de envolvimento na morte do jogador Daniel. Eles estavam detidos de forma temporária. Na segunda-feira, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) havia pedido para que a prisão temporária deles, que era válida por 30 dias, fosse transformada em preventiva.

Caso Daniel: Justiça decreta prisão preventiva de seis réus envolvidos na morte do jogador

Daniel foi encontrado morto em São José dos Pinhais, na região netropolitana de Curitiba, no dia 27 de outubro. O órgão sexual dele foi mutilado.  Advogado da família Brittes questiona denúncia e diz que jogador 'gerou a tragédia'

Caso Daniel: Justiça decreta prisão preventiva de seis réus envolvidos na morte do jogador

O empresário Edison Brittes Júnior confessou ter matado Daniel. Brittes alegou que o jogador tentou estuprar Cristiana Brittes, esposa do empresário. Contudo, o delegado Amadeu Trevisan, responsáve pela investigação, afirmou que não houve tentativa de estupro.

Veja quem são os réus e os crimes imputados a eles

Edison Brittes Júnior – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor, fraude processual e coação no curso do processo;
Cristiana Brittes – homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
Allana Brittes – coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
Eduardo da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
Ygor King – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
David Willian da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
Evellyn Brisola Perusso - denunciação caluniosa e falso testemunho

A defesa de Edson Brittes Júnior, Cristiana Rodrigues Brittes e Alana Brittes informou que o recebimento da denúncia é um ato processual de absoluta naturalidade. O advogado Robson Domacoski, responsável pela defesa de Ygor King e David Willian da Silva, afirmou que vai aguardar ter acesso aos documentos para se manifestar a respeito.

Rafael Torres, advogado de Evellyn Brisola Perusso disse que a defesa vai tomar todas as medidas cabíveis para provar que ela é inocente no caso. A defesa afirmou que vai apontar, em juizo, as falhas da denúncia. A defesa de Eduardo da Silva afirmou que não vai se manifestar sobre a aceitação da denúncia.

O crime

O crime aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, filha de Cristiana e Edison Brittes. A comemoração começou em uma boate da capital paranaense na noite de 26 de outubro, uma sexta-feira. Depois, continuou na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Ali, Daniel começou a ser agredido, antes de ser levado ao matagal.

De acordo com o inquérito da polícia, Daniel foi agredido e morto após ter sido flagrado por Edison Brittes deitado na cama de Cristiana. Antes do crime, Daniel enviou mensagens e fotos a um amigo deitado ao lado de Cristiana enquanto a esposa de Edison Brittes dormia.

Os laudos

Conforme as perícias realizadas pelo Instituto Médico-Legal (IML) e pela Polícia Científica do Paraná, marcas de sangue na parede e no chão da casa dos Brittes mostram que Daniel foi espancado ainda dentro do quarto de Cristiana.

Os laudos mostraram também que as pessoas que estavam na casa tentaram limpar as marcas de sangue. Daniel foi levado, segundo depoimentos de testemunhas, para fora da casa e colocado no porta-malas do carro de Edison Brittes. O resultado da perícia encontrou marcas de sangue dentro do veículo.

O jogador foi esfaqueado, e o corpo do dele foi deixado em um matagal a 20 quilômetros da casa onde acontecia a festa, de acordo com a polícia. Conforme o IML, o corpo de Daniel foi carregado por mais de uma pessoa. Em depoimento, Ygor King e David Willian disseram que apenas Edison Brittes tinha saído do veículo e carregado o corpo do jogador até o matagal.

Por Carolina Wolf, G1 PR e RPC Curitiba  



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